terça-feira, 2 de março de 2010

UNIDADE E COMUNHÃO


Mensagem pregada na 1ª. Inspirativa do setor 1 da ASBASEV
No templo da 3ª. IBM-Brumado em 06/032010



Graça e paz!
É com alegria e gratidão a Deus, mais também consciente da grande responsabilidade, que tenho de está discorrendo sobre um tema tão importante:

“A Unidade e comunhão”.
“A unidade e comunhão de todos/as os/as discípulos/as de Jesus Cristo” é a maior temática atual. É muito maior do que as segundas intenções que povoam alguns setores eclesiásticos da Igreja, pois ela nasce no coração de Deus visando com que o Corpo de Cristo espalhado por toda a terra seja o maior beneficiado. A direção da associação foi feliz na escolha desse tema, porque como uma associação de igrejas batistas, ainda que defendendo os meus princípios e doutrinas, existem as diferenças individuais de cada igreja. E este tema “A unidade e a comunhão” tornam-nos fortes e mostra ao mundo que existe uma divina alternativa para a indiferença, o individualismo, a ganância, o partidarismo, a traição, a reivindicação, o desamor, a barganha, o exclusivismo, a desunião, o egoísmo, a politicagem, o ódio, a violência, o tradicionalismo, o misticismo, o fanatismo, o ateísmo, o autoritarismo etc. Este modo de existir da Igreja de Cristo demonstra que ela não é a salvadora do mundo, mas que caminha orientada pelo Salvador, concedendo refrigério, sabor e luminosidade a todos/as que se acham cansados/as e sobrecarregados/as com uma existência desumana e distante do Pai Celeste.

Introdução:
Para discorrermos este tema, leiamos a oração de Jesus por seus discípulos, no evangelho de João 17.21-23:
21. “Para que todos sejam um, como tu ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
22. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um como nós somos um.
23. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviastes a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim”

Podemos perceber amados, nessa oração, que há uma preocupação de Jesus, pela unidade e comunhão dos seus discípulos. Quando ele diz: “Eu rogo (...) pra que todos sejam um ...”que eles sejam perfeitos em unidade isto é unidade, isto é comunhão”.

I. Na igreja primitiva.
Esta unidade e comunhão daqueles/as que foram transformados/as por Jesus era chamado de ecumenismo. Esse é o sentido da expressão usada por Lucas no Livro de atos, quando da narrativa histórica igreja: “E tinham tudo em comum, e ninguém sentia falta de nada, porque tudo era repartido segundo a necessidade de cada um, e (...) comiam juntos com alegria e singeleza de coação.” Entretanto, reconhecemos que este termo “ecumenismo” está muito desgastado. E muitas foram as contribuições para que isso ocorresse. Dentre as razoes para o desgaste, podemos citar: o mau uso da terminologia, por vários setores, da sociedade, por pessoas ávidas, pela fusão de todas as religiões, e também como por uma parte da liderança “cristã” (defensora e opositora) que agregou a ela os seus preconceitos, os seus “sacros” pontos de vista. Diante deste quadro, preferimos ficar com o termo proposto pela direção, que é a unidade comunhão.

II. Na igreja atual.
Quando eu uso a expressão “unidade e comunhão dos/as cristãos/ãs” ela vem marcada por um ideal que para mim está claro.

Muitos/as homens/mulheres tiveram um encontro com Jesus Cristo e por isso suas vidas foram transformadas, isto é, eles/as adquiriram novos valores, entenderam que o Senhor é quem os/as orienta a viver melhor como seres humanos, experimentam na atualidade parte da eternidade que lhes está preparada, esforçam-se por viverem o Evangelho e o Espírito Santo lhes ajuda no processo pedagógico da santificação. Cristo, que é o Evangelho, tornou-se “os óculos” que lhes permitem observar, avaliar e relacionar-se com o mundo que os/as rodeia e consigo mesmos/as. Via de regra, a pessoa que acolheu a Jesus como Senhor e Salvador foi evangelizada por um/a cristão/ã que congrega em uma determinada igreja que possui características próprias. Seguindo esta lógica, conclui-se que as comunidades cristãs têm particularidades e semelhanças. A isso eu chamo heterogeneidade. Tal diversidade se percebe em uma única igreja local. Uma igreja formada por pessoas diferentes, com posturas diferentes, com visões bíblico-teológicas diferentes, com vivências litúrgicas diferentes, com culturas diferentes e que se relacionam porque fazem parte do povo de Deus. Não obstante, estas diferenças não são obstáculos para aqueles/as que são discípulos/as de Jesus. Mesmo que surjam atritos interpessoais, os/as envolvidos/as buscam podar as arestas reconciliando-se, perdoando-se mutuamente e dando prosseguimento à caminhada cristã.

Se o essencial no discipulado cristão é seguir a Cristo, fortalecer-se no Espírito e espalhar as sementes do Reino de Deus por toda a terra, aquilo que não é essencial não atrapalha a unidade e comunhão daqueles/as que foram resgatados/a por Jesus.

1. A Unidade e comunhão. Deve ser priorizada.
Como servos do Senhor Jesus, devemos priorizar a unidade e comunhão, tanto a como associação quanto igreja local. Porque quando priorizamos a comunhão e buscamos incessantemente a unidade dos/as discípulos/as de Jesus nós temos maiores condições de realizarmos a sublime missão de espelho o Evangelho do Reino.

Ouvi uma frase muito interessante outro dia, que diz: “Somos a vitrine de deus nesse mundo, por isso precisamos dar bom testemunho para os que estão distanciados de Deus”.

1. Serve de testemunho para o mundo.
Amados, é através dos relacionamentos que temos a possibilidade de demonstrarmos com ações, palavras ainda que em silêncio, que fomos transformados/as por Cristo. Ao nos unirmos temos condições de aprender uns/umas com os/as outros/as. As semelhanças conferem entusiasmo, alegria, disposição e vontade de influenciar positivamente os grupos humanos com os quais convivemos. As diferenças observadas na vida do/a irmão/ã nos ajudam em nossa auto-avaliação a detectarmos os nossos limites, valores, fragilidades e incompatibilidades. Com isso nós aprendemos a compartilhar, a dialogar, a respeitar e a conviver movidos/as pelo amor do Pai Celeste. E assim Crescemos juntos/as. Evangelizamos juntos/as.

Eu aspiro pelo desenvolvimento e a promoção da comunhão e da unidade dos/as seguidores/as de Cristo. Mas, em alguns momentos, tenho que confessar, eu me entristeço por perceber que existem pecados e barreiras que impedem a concretização deste anelo. Esta realidade poderia começar a mudar desde que todas as lideranças das igrejas locais exercitassem e estimulassem a comunhão e a unidade entre os membros. Aquele/a que é líder precisaria viver do modo que se espera porque ele/a influencia pessoas.

Que o tema em pauta seja amplamente divulgado nos encontros da ASBASEV, nos cultos de cada igreja, nas Escolas Dominicais, nos momentos de estudos bíblicos, no seio das famílias, nas reuniões, nos retiros espirituais, nas festas, nas brincadeiras, nos passeios etc. Eu creio que nesses dias Deus, está nos despertando para isso. Na minha visão... é tempo de adotar uma postura definida.

2. Serve como um diferencial.
A diversidade ainda é uma característica positiva da Igreja. Todavia, em certos lugares, ela pode se curvar diante das famosas tentações sofridas por Jesus antes do início do seu Ministério, a saber, poder, fama e riqueza. Além disso, infelizmente há quem possa se utilizar ainda dos rótulos “tradicional”, “conservador/a”, “avivado/a”, “carismático/a”, “liberal”, “pentecostal”, “neopentecostal”, “progressista”, dentre outros que não facilitam a tarefa missionária, antes serve para classificar diabolicamente as pessoas e as “facções cristãs” a qual pertencem.

À semelhança do nosso Inimigo, indivíduos descristianizados se agridem, travestidos de piedosos crentes exercitando de modo eficaz os atos de matar, roubar e destruir com classe.

2. A Unidade e Comunhão, deve ser vivida:
Não basta priorizar no momento do ensino. É preciso viver, observar Quando se observa a busca pela unidade e comunhão na história da Igreja nota-se que há elementos positivos e negativos. Especialmente estes últimos devem ser observados. A falta de unidade ecomunhão, além de deixar feridas abertas nos corações de muitos/as irmãos/ãs, fomentam em outros/as tantos/as uma supervalorização das desgraças experimentadas ou ojeriza crônica. Por conseguinte, estão diante de nós vítimas de maldades, manipulações e confusões. Há pessoas traumatizadas que não experimentaram a cura que Deus oferece às “feridas interiores”, tampouco se submeteram às apropriadas terapias aplicadas por profissionais da área da saúde que intencionam promover uma vida psicologicamente adequada e a mais equilibrada possível.

Logo, o amor, carinho e sensibilidade são imprescindíveis no trato deste tema em nossas igrejas. junto aos/às discípulos/as de Cristo. Por isso vamos dar pequenos passos, isto é, exercitando a unidade e comunhão inicialmente dentro da primeira igreja local que é a nossa casa, em nossa Comunidade de Fé, que é a igreja, e assim sucessivamente...

Unidade e Comunhão é uma marca característica de uma Igreja cheia do Espírito Santo que não anula sua diversidade, não ignora as diferenças mas, uma Igreja que se esforça por viver em unidade e comunhão por amor e gratidão a Jesus Cristo.

Unidade e Comunhão é uma marca característica de uma Igreja que ama a Deus acima de tudo e ao/à próximo/a como a si mesma.

Conclusão:
Vamos nos unir uns aos outros em oração com o propósito de preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Que o Senhor nos ajude sermos uma associação formada por Igrejas, que vivem a unidade em maio a diversidade, que vivem a comunhão, e no poder do Espírito Santo, com possamos se portar como um Farol nestes dias tão escuros. Cabe-nos, então, prosseguir vivendo e anunciando o Evangelho de Cristo.

Um comentário:

  1. Muito bom este blog, a Palavra de Deus é assunto excelente para todos. eu tambem tenho um blog se quiser visitar ele e deixar teu comentario pra mim será uma honra. benjamimdeandrade.blogspot.com

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