quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

A Graça Divina

 


A Graça de Deus

Tema: GRAÇA DIVINA

"Porque todos temos recebido de sua plenitude e graça sobre graça".

(João 1.16)

Introdução:

Muitas coisas dependem do ponto de vista. Cada ponto de vista é visto de um ponto diferente. Como você vê sua vida? Como olha para os problemas? Como encara as pessoas? A Graça é como “óculos” que nos abre a visão para a realidade, não humano, mas de acordo com a ótica de Deus.

Precisamos aprender a olhar sob a ótica da Graça de Deus. Como uma criança que contempla uma planta crescendo, a Graça de Deus nos permite sonhar com um futuro melhor. Como um pequeno barquinho na imensidão do mar, a Graça de Deus nos faz ver a nós mesmos pequenos diante do infinito amor de Deus. Como uma flor que nasce no chão seco, a Graça de Deus nos faz ver tudo com olhar de esperança. Você conhece a Graça de Deus?

Vamos aprender algumas características da Graça de Deus:

1- GRATUITA:

Romanos 3.24 “... sendo justificados gratuitamente, por sua Graça, mediante a redenção que há em Cristo”

Isso é óbvio e redundante. Se é Graça tem que ser de graça.

Nunca podemos esquecer da gratuidade de Deus para conosco. Tudo o que Deus faz é de graça, por amor e misericórdia de nossas vidas.

Quando aprendermos a ver a vida pelo olhar da Graça, passamos a fazer as coisas para as pessoas sem querer nada em troca, sem expectativas de reconhecimento ou recompensa.

 

2- VIVA:

Salmos 63.3 “Porque a tua Graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam”

A vida é um dom gratuito de Deus. A Graça Divina se manifesta em cada suspiro que damos, nos permitindo viver. Quando acordamos ou quando dormimos, tudo é pela Graça. O amor de Deus se manifestou em todas as espécies de seres vivos para revelar Sua grandeza e perfeição. A Graça é viva e doa vida a todos.

Olhar pela Graça de Deus é ver que estamos vivos por permissão do Senhor e que a vida que temos agora pertence a Deus. Por isso precisamos aproveitar cada momento.

3- Para TODOS:

Tito 2.11 “Porquanto a Graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”

A Graça de Deus é inclusiva. Se fosse usar qualquer outro critério que não a Graça Divina, alguém poderia ser excluído ou privado do Amor, mas Deus em sua infinita Graça não exclui nenhuma pessoa em toda a terra.

Através da Graça podemos encarar as pessoas não com olhar de superioridade ou inferioridade, mas como iguais diante do Amor de Deus.

4- TRABALHA:

1 Coríntios 15.10 “Mas, pela Graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a Graça de Deus”

Deus trabalhou criando todas as coisas e fez isso como e por quê? Somente pela Graça. Não tinha nada. A matéria prima da Graça é o nada, o impossível. Tudo o que temos e fazemos é através da Graça que trabalha realizando tudo em nós e através de nós.

Nossos trabalhos e atividades são melhores quando realizamos sob a Graça.

5- RICA:

Efésios 2.6,7 “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua Graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.”

Deus é o Dono de todas as coisas. Por isso a Graça de Deus é rica, ou seja, tem tudo o que precisamos. Não riqueza monetária, não riqueza material, passageira, quando falo que a graça de Deus é rica, estou falando de valores eternos que nos realizam plenamente.

Tudo que temos foi Deus que nos permitiu ter. Quando usamos o que temos pela Graça de Deus e reconhecemos que tudo que podemos fazer é fruto de sua Graça, sentimo-nos ricos, conformados e felizes em todas as situações.

6- SUFICIENTE:

2 Coríntios 12.9 “Então, ele me disse: A minha Graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”

A Graça de Deus nunca vai acabar. Ela é suficiente, o bastante e necessário para tudo que precisamos. Principalmente em momentos de dor sabemos que a Graça supera todas as dificuldades.

Ao enfrentar uma dificuldade, sentimos a força especial da Graça de Deus superando as limitações humanas. A graça nos satisfaz plenamente.

7- JUSTIFICA:

Tito 3.7 “a fim de que, justificados por Graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna”.

Jesus morreu para nos perdoar gratuitamente, só por amor. Pela Graça somos perdoados de nossos pecados e nos tornamos justos para Deus. A justiça humana não apaga o erro, apenas condena. A justiça de Deus purifica o pecador fazendo-o voltar a ser limpo como antes de cometer o pecado.

Quando conhecemos o perdão incondicional de Deus aprendemos a perdoar as pessoas e não cobrar por seus erros. A Graça nos permite esquecer o que alguém tenha feito de ruim para nós.

CONCLUSÃO:

Romanos 6.14 “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça”

Precisamos ter sempre em mente que sobre nossas vidas está a Graça de Deus. A única coisa que domina e dirige nossas vidas é a Graça.

Deus em sua grandeza, poderia olhar para nós com rigidez e superioridade, mas quis descer à terra e viver entre nós na pessoa de Jesus para ver nos olhos das pessoas e sentir em sua pela as necessidades humanas.

O único momento que Jesus se colocou acima dos outros foi quando estava pendurado na cruz. Dali de cima daquela cruz Jesus olhou com dor, mas sob a Graça de Deus Ele teve forças para ir até o fim motivado somente pelo Amor gratuito de Deus.

Não olhe para as pessoas ou situações apenas com a ótica humana.

Exercite usar mais os óculos da Graça de Deus e você verá tudo diferente!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

O terceiro céu

 



O QUE É O TERCEIRO CÉU MENCIONADO NA BÍBLIA?

Pr. José Nilton Barbosa


INTRODUÇÃO:

Em sua segunda carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo fez referência ao “terceiro céu”, dizendo: Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. (2 Co 12:2-4)

Foi Paulo “arrebatado” aos próprios céus, como alguns cristãos crêem? Ou poderia haver alguma outra explicação para esta experiência dele?

 

I.                   Existe mais de um céu?

As Escrituras usam a palavra “céu” ou “céus” de pelo menos seis modos diferentes. Portanto, é mais importante primeiro analisar cada uso, pois isso irá lançar luz sobre o tema da nossa consideração.

1. Os céus físicos:

Gênesis 1:1 fala dos céus físicos, quando afirma: “No princípio criou Deus os céus e a terra.” Outro exemplo dos céus físicos é encontrado no Salmo 19:1, que diz: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”

O apóstolo Paulo falou da obra criativa de Deus em Romanos 1:19,20, e disse: “pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.”

 

2. A palavra céu é também usada para descrever o espaço sideral nas proximidades de nosso planeta Terra.

Como exemplo, temos a referência de Jesus aos “pássaros do céu” em Mateus 6:26. Jesus está, obviamente, falando do firmamento. Outro exemplo disso é encontrado em 2 Reis 2:11, onde se diz que “Elias foi levado aos céus num redemoinho.” Eliseu teria visto Elias ir para o céu e desaparecer de vista. Que isso se refere apenas ao firmamento fica claro com base em João 3:13, onde Jesus disse: “Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem.”

3. Outra aplicação da palavra céus, é a dimensão invisível, a “morada” ou o “trono” de Deus.

Salmos 33:13,14 diz: “Dos céus olha o Senhor e vê toda a humanidade; do seu trono [“da sua morada”, Almeida Revisada] ele observa todos os habitantes da terra.” Salmos 2:4, afirma: “Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles.” E em Salmos 20:6, o rei Davi disse: “Agora sei que o Senhor dará vitória ao seu ungido; dos seus santos céus lhe responde com o poder salvador da sua mão direita.”

 

4. Uma outra aplicação da palavra céu é em referência a uma posição espiritual muito elevada.

Um exemplo desse uso encontra-se em Efésios 2:6 que diz: “e [Deus] nos ressuscitou juntamente com ele [Cristo], e com ele nos fez sentar nas regiões celestes (literalmente “lugares celestiais”, em grego) em Cristo Jesus.” Outro exemplo é encontrado em Apocalipse 4:1, onde se diz que o apóstolo João viu uma porta aberta no céu, e ouviu uma voz dizendo: “Suba para cá, e lhe mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas.” Todo esclarecimento espiritual vem do céu, de Deus. As pessoas que recebem esse esclarecimento são, portanto, “erguidas” ou elevadas, em sentido espiritual.

5. A palavra céu é usada também como um sinônimo para o próprio Deus.

Na parábola do filho pródigo, o homem arrependido disse: “Pai, pequei contra o céu e contra ti.” (Lucas 15:18) Outro exemplo é a frequente referência de Jesus ao reino, como o “reino de Deus”, como ele faz em Lucas 4:43. No entanto, em outros momentos ele se refere a ele como “o reino dos céus”, como em Mateus 4:17. Em outras palavras, Jesus usou os dois termos como sinônimos. [1]

 

6. A última aplicação da palavra céus é em referência ao governo.

Temos um exemplo disso na Ageu 2:6,7 que diz: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Dentro de pouco tempo farei tremer o céu, a terra, o mar e o continente.” (Ele explica) “Farei tremer todas as nações, que trarão para cá os seus tesouros, e encherei este templo de glória”…” Daí, o profeta mostra o que isso significa. Ele prossegue: (nos versículos 21 e 22) “… eu farei tremer o céu e a terra. Derrubarei tronos e destruirei o poder dos reinos estrangeiros. Virarei os carros e os seus condutores; os cavalos e os seus cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu companheiro”.

O que vemos aqui é que “céus” significa os “tronos” e ‘reinos das nações estrangeiras.’ Em Hebreus 12:26,27 esta profecia é mencionada, e ainda explicada. O escritor diz: Aquele cuja voz outrora abalou a terra [no Monte Sinai], agora promete: “Ainda uma vez abalarei não apenas a terra, mas também o céu”. O versículo 27 prossegue: “As palavras “ainda uma vez” indicam a remoção do que pode ser abalado, isto é, coisas criadas, de forma que permaneça o que não pode ser abalado.” E o que significa isso? Ele responde no versículo 28: Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável…” Note-se que o que é abalado e removido é a “terra” e o “céu”.

O apóstolo Pedro abordou este mesmo ponto em 2 Pedro 3:5-7 e escreveu: “… há muito tempo, pela palavra de Deus, existiam céus e terra, esta formada da água e pela água. Quando as Escrituras falam de “mundo”, conforme o uso em 2 Pedro 3:5-7, essa palavra é traduzida da palavra grega “kosmos”. A Concordância de Strong dá como significado dela: “um arranjo ordenado” (por implicação, “o mundo em sentido amplo ou restrito.”) Em outras palavras, o “mundo” e seu equivalente “kosmos”, ao qual Pedro se referiu, na verdade consiste de um “céu” (administração governamental), e de uma “terra”, “(os que estão sob o domínio dessa administração). Antes do dilúvio, conforme Pedro mostra, isso era o que existia e posteriormente pereceu no dilúvio. E realmente significou a “destruição dos homens ímpios”. Desta forma, aquele mundo chegou ao fim.

Depois do dilúvio, um novo kosmos ou mundo teve início.

Pedro continua: “Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios.” O ponto que Pedro está apresentando é que, assim como Deus destruiu um ‘mundo’, um sistema, composto por pessoas e seus governantes, (terra e céu), trazendo o dilúvio, assim também em nossos dias, ele reservou este mundo para “o dia do juízo e da destruição dos homens ímpios.” Em outras palavras, assim como os “céus” e a “terra” chegaram ao fim no dilúvio, assim também o “céu” e a “terra” (atuais) também chegará ao fim, ainda que de uma maneira diferente.

Quando Isaías profetizou, dizendo: “Pois vejam! Criarei novos céus e nova terra, e as coisas passadas não serão lembradas. Jamais virão à mente!” (Isaías 65:17), ele estava profetizando a mesma coisa que Pedro disse. E para mostrar adicionalmente que os ‘céus e terra’ se referem a um sistema de “governantes” e “súditos”, Isaías disse também: (Isaías 1:2) “Ouçam, ó céus! Escute, ó terra! Pois o Senhor falou: “Criei filhos e os fiz crescer, mas eles se revoltaram contra mim.”

 

II.               O que é o terceiro céu mencionado na Bíblia?

A menção do terceiro céu está neste texto: “Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)” (2 Coríntios 12:2).

Paulo está explicando sobre uma experiência que ele teve muito tempo atrás, onde esteve em um lugar especial e recebeu ali revelações grandiosas de Deus (2 Coríntios 12:4).

O próprio apóstolo Paulo define esse terceiro céu onde ele esteve como sendo o paraíso: “foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (2 Coríntios 12:4).

Ou seja, esse lugar em que Paulo esteve é o que a Bíblia chama de paraíso e também em algumas ocasiões ela o chama de o lugar onde Deus habita: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Salmos 115:3).

Com isso já temos claro que terceiro céu é uma referência ao lugar da habitação de Deus, ao paraíso. Porém, se Paulo usa a expressão terceiro céu, isso seria uma indicação que existem outros céus?

III.            Onde fica o terceiro céu?

O terceiro céu aponta para uma realidade espiritual e não física. É o nível que não pode ser visto pelo olho humano, onde a Bíblia aponta que Deus tem o Seu trono:

“O SENHOR está no seu santo templo; nos céus tem o SENHOR seu trono; os seus olhos estão atentos, as suas pálpebras sondam os filhos dos homens” (Salmos 11:4).

Veja o que isse Isaias no capitulo 6.1-3, quando narra a sua experiência com Deus.

“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e a cauda do seu manto enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.”

Ele é a realidade espiritual, ainda bem obscura para nós humanos, mas que foi descrita na Bíblia por diversas vezes como um lugar existente e habitado não só por Deus, mas também por criaturas celestiais.

Mulher Ágape!

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