quarta-feira, 21 de abril de 2021

Uma Fé operosa

                                              

“Damos, sempre graças a Deus por todos vós mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1.2-3).

Introdução: 

           Quantas vezes em sua vida já ouviu a palavra fé?

           Fé é a palavra mais usada em todas as religiões. Ela é a essência que mantém viva a igreja ao longo dos milênios. A fé é o elemento essencial em nossa relação com Deus; e, Hebreus 11.6 diz: "Ora sem fé é impossível agrada-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus, creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" 

 Na bíblia hebraica a palavra fé aparece 108 vezes. 

Nesse texto o apóstolo Paulo fala de uma fé operosa. E o que é uma fé operosa?

A Bíblia diz que o homem natural discerne bem as coisas naturais, mas o homem espiritual discerne todas as coisas (1 Cor 2). Quando o conhecimento das coisas naturais prevalece, vivemos como homens naturais e nossa fé fica limitada e sujeita aos limites da naturalidade humana. Quando o conhecimento das coisas espirituais prevalece, aí vemos o sobrenatural acontecer através da nossa fé e não ficamos presos aos nosss limites.

A Bíblia é clara em falar sobre a importância da fé! Porque, sem fé não agradamos a Deus (Hb 11.6), e também porque são felizes ou “bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20.29), conforme disse Jesus, que também declarou: “se creres, verás…” (Jo 11.40)!

Mas, a fé que agrada a Deus é a fé operosa. Mas afinal, que é uma fé operosa?

I.              A fé operosa se expressa em obras.

Tiago vai dizer, que sem obras a fé é morta (Tg 2.14-16). Na carta aos Hebreus o capitulo 11, é conhecido como a galeria da fé. Alí há uma lista de filhos de Deus que viveram por fé, demonstrando-a através da operosidade, ou seja, da prática: Vejamos: Hebreus 11.4-

·         Abel ofereceu sacrifício mais excelente (v.4);

·         Enoque andou com Deus (v.5);

·         Noé aparelhou (construiu) uma arca (v.7);

·         Sara engravidou, na velhice, de um homem impotente (v.11-12);

·         Abraão peregrinou na terra da promessa (v.8-10); e subiu ao monte para sacrificar Isaque (v.17-19);

·         Isaque abençoou o futuro de Jacó e Esaú (v.20);

·         Jacó, à beira da morte, abençoou os filhos de José (v.21);

·         José viu (mesmo que não tenha participado do Êxodo dos filhos de Israel do Egito, providenciou coisas e deu ordens para que levassem seus ossos com eles) (v.22);

·         Os pais de Moisés o esconderam por três meses;

·         Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa; deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisívelcelebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse; atravessou, com os israelitas, o Mar Vermelho, como por terra seca (v.24-29);

·         Raabe acolheu (deu pouso, comida, etc) os espias, se expondo ao perigo da traição (v.31);

·         São citados também: Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e outros profetas, além de homens e mulheres “sem nome” (nem mesmo na igreja!), mas para Deus aqueles “dos quais o mundo não era digno” (v.32-40).

·         Vejam como encerra este relato: v 36-40

Estes:

·         Subjugaram reinos;

·         Praticaram a justiça;

·         Fecharam bocas de leões;

·         Extinguiram a violência do fogo;

·         Escaparam ao fio da espada;

·         Tiraram força da fraqueza;

·         Fizeram-se poderosos em guerra;

·         Puseram em fuga exércitos de estrangeiros;

·         Ressuscitaram seus mortos;

·         Foram torturados, escarnecidos, açoitados, algemados e presos, apedrejados, provados (!), serrados ao meio, afligidos, maltratados, peregrinos, mortos;

·         Vestiram peles de ovelhas e cabras;

·         Passaram necessidade;

·         Andaram errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra.

II.            A fé operosa se manifesta movida pelo (Ágape) amor de Deus.

O amor derramado em nossos corações. O amor, que não busca interesse pessoal, nos leva a alcançar todos os que Deus quer alcançar. A fé operosa cuida dos seus, dos da família, dos próximos (1 Tim 5:8).

III.           Temos que ter essa fé que opera coisas simples.

Fé para dar atenção, carinho, apoio, suporte. Fé para levantar caídos, mas também fé para não deixar cair. Fé para curar feridos, mas principalmente fé para não ferir, não machucar. Fé para esquecermos de nós, crendo que Deus já se ocupou desse assunto, e buscarmos a tantos que clamam por alguém com fé para ouvir.

IV.          A fé operosa também opera coisas pequenas.

Coisas que aparentemente não tem importância, mas foi a fé que Jesus usou para dar atenção a anônimos que cruzavam o seu caminho, como com ricos personagens que o convidavam para um banquete em sua casa assim como parou para dar atenção e abençoar a mendigos pedintes que não tinham sequer uma casa para morar. E tudo isso por causa do amor. O amor de Deus que faz a fé se mover. O amor de Deus que faz ativar a compaixão, sentimento que nos tira de nosso lugar de conforto e por momentos nos colocarmos no lugar de outras pessoas tentando entender o que estão sentindo. Precisamos ter fé para adiar nossa refeição, como Jesus fez (Joa 4) apenas para trazer salvação a uma mulher sem reputação na sociedade, e no final de tudo, se sentir satisfeito por saber que a vontade do Pai havia sido comprida em sua vida. A fé que opera, é a fé que ama.

Como os tessalonicenses, estes também eram abnegados (aqueles que se esforçam ao máximo, além de suas forças, pelos outros ou por causas, enquanto renunciam e negam-se a si mesmo) no amor e perseverantes em Jesus Cristo (1Ts 1.3; Jo 15.4-8); senão não seriam frutíferos, ou seja, sua fé não seria uma fé operosa!

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