O Apocalipse 17 E Sua Relação com a Renúncia
Do Papa Bento XVI
(Pr. José Nilton Barbosa)
Apocalipse
17 E Sua Relação Com A Renúncia do Papa Bento XVI.
Na Palavra de Deus,
encontramos um texto que deveria ser cuidadosamente considerado por todo
cristão, mas que, infelizmente, com raridade é citado ou mencionado entre os
que estudam a Palavra de Deus. Encontra-se no livro de Provérbios:
“Não havendo profecia, o povo se
corrompe; mas o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.”
Provérbios 29:18
Cremos que apenas este texto seria
suficiente para assinalar a importância do estudo das profecias, ao mesmo tempo
em que explica a razão pela qual as igrejas de hoje, em sua esmagadora maioria,
estão corrompidas. Na verdade, esta corrupção é tão somente, o resultado
natural da falta de estudo de assuntos proféticos, assuntos estes que, se
estudados e compreendidos, certamente dariam nova vida espiritual às igrejas e
que seriam ainda um escudo contra a mornidão que as arruína. Tão importante
quanto este texto, dentro do assunto abordado, é a pergunta que Jesus faz
igualmente aos ministros e pregadores. Ela se encontra registrada no livro de
Mateus:
“Quem é, pois, o servo fiel e
prudente, a quem o Senhor constituiu sobre a Sua casa, para dar o sustento ao
seu tempo?” Mateus
24:45
Este texto
é dado imediatamente após o chamado sermão profético sobre
a vinda de Jesus, registrado no capítulo 24 de Mateus. Sua relação, portanto,
com as profecias é inegável. O sustento, ou alimento espiritual dado no tempo
certo, é de extrema importância para a vida espiritual da igreja. Para que se
possa ter idéia disso, imagine Noé pregando o dilúvio depois que ele já
houvesse acontecido. Por 120 anos, Noé, como obediente servo, pregou a verdade
presente, deu o sustento ao seu tempo, conforme a missão que recebera de Deus.
Assim, iniciamos
nosso estudo das profecias na certeza de que ele salvaguardará as igrejas da
corrupção que as arruínam, e lhes dará novo vigor espiritual; e entendendo ainda
que esta é nossa missão, como servos e pregadores da verdade presente.
Se você estuda
a Bíblia, ou mesmo se é um bom ouvinte da Palavra de Deus, certamente já
ouviu sobre a vinda de Jesus e sobre a proximidade dela. Mas a pergunta que
cada um de nós deve fazer é: “com base em que posso dizer que a vinda de Cristo
está próxima”? Será que existe base bíblica de fato para afirmar a proximidade
de tal evento, ou seria essa apenas mais uma entre tantas afirmações futuristas
destituídas de amparo bíblico? Você seria capaz de apresentar a vinda do Senhor
Jesus como estando realmente muito próxima, mas tendo amparo bíblico para tal
afirmação?
Adentraremos o
terreno profético-bíblico, e permitiremos que a própria Bíblia seja a sua
intérprete, para que possamos defender o que cremos com um “está escrito”,
conforme o desejo do nosso Deus. Para tanto, iniciaremos nossa jornada
profética pelo capítulo 17 de Apocalipse, do verso 1 ao 12, onde encontraremos
uma das profecias mais espetaculares para o nosso tempo, que seguramente abrirá
nossos olhos para vislumbrar um universo até então desconhecido.
Diz o texto:
1. “E veio um dos sete anjos que
tinha as sete taças e falou comigo dizendo: vem, mostrar-te-ei a condenação da
grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se
prostituíram os reis da terra;
2. e os que habitam na terra se
embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3. E levou-me em espírito a um
deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlata que estava
cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres.
4. E a mulher estava vestida de
púrpura e escarlata e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas.
5. E tinha da sua mão um cálice de
ouro cheio das abominações e das suas imundícias, e da sua prostituição.
6. E na sua testa estava escrito um
nome: mistério a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da
terra.
7. E vi que a mulher estava
embriagada com o sangue dos santos e o sangue das testemunhas de Jesus. E
vendo-as eu, maravilhei-me com grande admiração. E o anjo me disse: por que te
admiras? Eu te mostrarei o mistério da mulher e da besta que a traz, a qual tem
sete cabeças e dez chifres.
8. A besta que viste foi e
já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os
que habitam na terra, cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a
fundação do mundo se admirarão, vendo a besta que era e que já não é, mas há de
vir.
9. Aqui há sentido que tem a
sabedoria. As sete cabeças são sete montes sobre as quais a mulher
está assentada. E são também sete reis,
11. Cinco já caíram, um existe,
outro ainda não é vindo; e quando vier, convém que dure um pouco de
tempo.
12. E a besta que era e já não, é ela
também o oitavo, é dos sete e vai à perdição. E os dez chifres que viste, são
dez reis que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma
hora juntamente com a besta.”
(Apocalipse 17:1-12)
Seguiremos ponto a ponto para
podermos entender o que o estudo deste trecho das Escrituras nos reserva.
“Veio um dos sete anjos que tinha
sete taças e falou comigo dizendo-me: vem, mostrar-te-ei a condenação da grande
prostituta que está assentada sobre muitas águas.” (v. 1)
O anjo tem o que na mão?
Uma taça. Imagine que em minha mão houvesse um celular. Se daqui a alguns anos
você lesse uma carta relatando determinada história ou fato, sem ter a certeza
da data em que a mesma ocorreu ou ocorreria, e essa história se iniciasse
descrevendo um homem com um celular na mão, embora você não pudesse precisar
com exatidão o momento do evento, certamente diria que esse homem está vivendo
no mínimo após os anos 90, visto que antes disso não tínhamos conhecimento
deste tipo de aparelho. Esse anjo tem uma taça na mão, e a informação é dada
para nos posicionar quanto ao tempo em que o evento estará ocorrendo. No mesmo
livro do Apocalipse, vemos anjos com trombetas e anjos com taças nas mãos. Os
sete primeiros anjos têm trombetas, os sete últimos têm taças nas mãos. Esse
anjo não tem a trombeta na mão. Uma vez que os sete primeiros anjos com as
trombetas representam a advertência a ser dada contra as pragas que vão cair na
Terra com mistura de misericórdia, enquanto a porta da graça está para se
fechar, e os sete últimos anjos levam as sete taças, que são pragas sem mistura
de misericórdia que finalmente cairão sobre a Terra, e visto que hoje vemos
apenas as primeiras gotas destas pragas, certamente esse evento está no futuro.
Ademais, este anjo vem especificamente para mostrar a condenação da grande
prostituta, e isso ocorrerá quando a medida de sua iniquidade estiver completa.
Será que o anjo está dizendo que veremos
a condenação de uma prostituta literal? Não. Precisamos entender quem é a
prostituta. A esposa de Cristo é chamada na Bíblia de “virgem”, como
vemos, por exemplo, na segunda epístola aos Coríntios:
“Porque estou zeloso de vós com zelo
de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a
um marido, a saber, a Cristo.”
- (2 Coríntios 11:2 (grifo nosso)
Se a esposa do
Cordeiro, Sua Igreja, é chamada de virgem, aquela que é chamada de
prostituta deve ser esposa de quem? Só pode ser a esposa daquele que é o
inimigo de Cristo – Satanás; e isso não é difícil de entender.
Esta prostituta
está assentada sobre muitas águas. Seria uma mulher (igreja)
assentada sobre um rio, ou sobre o mar? Seria possível que uma igreja
permanecesse por sobre as águas sem afundar?
Para saber o que as
profecias bíblicas ensinam, é necessário entender primeiro que estas
profecias foram dadas em visões simbólicas, ou escritas, na sua grande maioria,
em símbolos. Assim, as palavras simbólicas precisam ser corretamente
interpretadas, ou substituídas por palavras que a própria Bíblia indica. Não
podem ser interpretadas com base no que o homem, o padre, o pastor ou o
presbítero acha ou pensa. “Está escrito” será sempre a base para todo e
qualquer ensino na Palavra de Deus.
Por exemplo:
“Mulher” em profecia, significa “igreja”, conforme vemos em Efésios 5:24 e 25:
“De sorte que, assim como a igreja
está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu
marido.Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si
mesmo se entregou por ela,” - (Efésios
5:24 e 25)
Em profecia, uma mulher simboliza uma
igreja. Se pura ou virgem, representa a igreja de Cristo; se prostituta ou
corrompida, a igreja do inimigo. Vejamos mais um exemplo, e este no mesmo livro
e capítulo que estamos estudando. Apocalipse 17:15:
“E disse-me: As águas que viste, onde
se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas.” - (v.15)
Assim, temos de forma certa e segura
a explicação da própria Bíblia quando apresenta o que significa cada um dos
símbolos apresentados. Se Mulher é igual a Igreja e Mulher Prostituta é igual a
Igreja caída; e ainda se “água” é igual a povos, multidões, nações e línguas,
então esta prostituta é uma Igreja caída que se assenta, ou domina, sobre
muitos povos, multidões, nações e línguas.
Veja esse gráfico:
SÍMBOLO
|
SIGNIFICADO
|
·
MULHER
|
IGREJA
|
·
MULHER PROSTITUTA
|
IGREJA
CAÍDA
|
·
ÁGUA
|
POVOS ,
MULTIDÕES, NAÇÕES E LÍNGUAS
|
·
PROSTITUTA ASSENTADA SOBRE AS ÁGUAS
|
IGREJA
CAÍDA QUE SE ASSENTA, OU DOMINA, SOBRE MUITOS POVOS, MULTIDÕES, NAÇÕES E
LÍNGUAS
|
Uma igreja que se apartou de Cristo,
apartou-se do verdadeiro Esposo e, por isso, virou prostituta e hoje domina, ou
se assenta, sobre muitos povos nações, tribos e línguas. Domina sobre muita
gente. Qual seria hoje a igreja que domina sobre uma grande multidão de povos? Não
é uma igreja que domina uma região, é uma igreja que tem influência em muitas
nações.
“…e com a qual se prostituíram os
reis da terra.” Apocalipse
17:2
A profecia ainda nos fala que com ela se
prostituíram os reis da terra. Então, reis da Terra, como o presidente dos
EUA e presidentes das grandes nações se prostituíram com ela. Que seria o
“prostituir-se” com ela? Os versos seguintes nos ajudam a entender.
“E os que habitam na terra se
embebedaram com o vinho da sua prostituição. E levou-me em espírito a um
deserto e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlata que estava
cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.” (v. 2 e 3.
Os versos acima
dizem que a prostituição foi ocasionada pelo “beber” do vinho dela. Os que
habitam na Terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição. Cristo
ofereceu à mulher samaritana a água da vida, como um exemplo da pura palavra de
Deus que Ele, Cristo, ensinava. O que seria então ovinho da prostituição senão
o contrário da água da vida? E se a água da vida representa a verdade, as
doutrinas e ensinos puros de Cristo relatados na Palavra de Deus, não seria o vinho
da prostituição os ensinos e doutrinas adulteradas ou prostituídas
desta igreja, e que têm sido aceitos pelos presidentes, governantes, líderes e
pelos que habitam na Terra?
E levou-me em espírito… Então, agora, em
espírito é mostrado a João um deserto, e nesse deserto ele vê uma mulher, que
representa uma igreja assentada sobre uma besta. A besta era de que cor?
Nada na Palavra de Deus é por acaso. A besta de cor escarlata (ou
vermelha) estava cheia de nomes de blasfêmias e tinha sete cabeças e dez
chifres. O que ele vê é uma besta de cor vermelha. Para identificá-la,
precisamos entender primeiramente o que é uma besta. Encontramos a explicação
em Daniel 7, a partir do versículo 1:
“Falou Daniel e disse: Eu estava
olhando, na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu combatiam
no mar grande. E quatro bestas
grandes, diferentes umas das outras, subiam do mar.” (Daniel 7:2 e 3)
“Cheguei-me a um dos que estavam
perto e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isso. E ele me disse e fez-me saber a
interpretação das coisas. Estas
grandes bestas, que são quatro, são quatro reis,que se levantarão da
terra (…) Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos
os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.” (Daniel
7:16, 17 e 23)
Encontramos então que as bestas na
Bíblia são reis e também são reinos. Estes reinos serão mais bem
explicados no capítulo 3 deste material.
E a cor escarlata, o que significa? Isaías 1:18 responde:
“Vinde,
então, e argui-me, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles
se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se
tornarão como a branca lã.” Isaías
1:18
A cor vermelha ou
escarlate significa pecado. Então, o significado do que ele vê é: um homem e um
reino, ou uma nação cheia de pecados, por isso ela está na cor vermelha.
Poderia ser marrom, poderia ser verde, mas não. E, segundo o relato, ela não
apenas está cheia de pecados, mas está cheia denomes de blasfêmia. O que
é blasfêmia na Bíblia? Qual é o pecado da blasfêmia? Permitiremos que a Bíblia
mais uma vez nos dê a resposta:
“Os judeus responderam, dizendo-lhe:
Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.” (João
10:33)
Segundo a Palavra de Deus, o pecado
da blasfêmia é o pecado do homem tentar se passar por Deus. Existe alguma
igreja que ensina que seu líder máximo seja Deus? Que igreja ensina que seu
líder deva ser adorado? Que igreja ensina algo tão absurdo?
O papa Leão XIII, em 20 de junho de 1894, declarou: “Ocupamos na terra o
lugar do Deus todo Poderoso.”
Durante o Concílio Vaticano de 1870,
em 9 de janeiro, foi proclamado: “O Papa é Cristo em ofício, Cristo
em jurisdição e poder… nos prostramos ante tua voz, oh, Pio, como a voz de
Cristo, o Deus da verdade”.
Em Apoc. 13:1, tratando especificamente da besta, encontramos o mesmo
pecado relatado:
“E eu pus-me sobre a areia do mar e
vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os
chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia.”
(Apocalipse 13:1)
Nos detalhes adicionais do cap. 13,
falando sobre este poder, encontramos novamente o pecado de blasfêmia,
identificando-o como o mesmo sistema descrito em Apocalipse 17 que estamos
estudando. Mas este poder, como vimos, não é apenas um sistema, mas também uma
pessoa, um homem conforme nos ensina a própria Palavra de Deus:
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da
besta, porque é número de um
homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (V.18)
Temos então que a besta, no seu
cumprimento final, representa também um homem, mas que se passa por Deus.
Apenas um sistema preenche os requisitos apontados na Palavra de Deus: o papado
e o papa. O próprio termo “papa”, que quer dizer pai, adotado por um homem, por
si só se constitui em grave pecado contra Deus. Jesus disse:
“E
a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o
qual está nos céus.”Mateus 23:9
Certamente Jesus aqui não estava
condenando o uso da palavra “pai” em relação àquele da parte de quem fomos
gerados, mas sim, o chamar de “pai” a alguém que arroga a si mesmo tal título
em relação à humanidade. Voltemos ao Apocalipse 17, agora no versículo 5:
“Na sua fronte, achava-se escrito um
nome, mistério: Babilônia, a Grande, a mãe das meretrizes e das abominações da
terra.”( V.5)
Babilônia, a
grande, a mãe das meretrizes. Se esta Babilônia, identificada
como igreja, como vimos acima, é mãe, ela certamente tem filhas. Quem seriam
estas filhas? Só podem ser todas as igrejas caídas que absorveram ou aceitaram
e ensinam os erros doutrinários desta “mãe”. Veja a recente declaração de Bento
XVI. Esta declaração foi amplamente divulgada em revistas e meios de
comunicação e pode ser encontrada em vários sites:
“A
Igreja Católica é a mãe de todas as igrejas cristãs. Por isso, outras
igrejas não devem ser consideradas ‘irmãs’ da Igreja Católica.”
(Fonte: http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/ratzinger_bentoXVI.htm)
“Não devem ser consideradas irmãs”.
Que devem ser consideradas, se uma só é a mãe de todas?
“E vi que a mulher estava
embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E,
vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.” (v.6)
Uma igreja embriagada com
o sangue dos santos. Uma igreja que não apenas “matou” santos e testemunhas de
Jesus, mas matou “muitos”, a ponto de estar embriagada. Qual a
única Igreja que, inclusive a história registra, como tendo perseguido e matado
milhares de cristãos? E qual foi o “pecado” que estes cristãos cometeram? O de
não aceitar os dogmas doutrinários impostos por ela, tais como: Adoração a
santos de toda espécie, adoração a imagens, confissão de pecados a homens
falíveis e muitos outros criados pela Igreja Católica Romana através de seus
concílios. Do ano 538 d.C., do Edito de Justiniano que concedeu a primazia ao
bispo de Roma, dando início à supremacia papal do passado, até o ano de 1798,
quando o papa Pio VI foi aprisionado e decapitado, e a supremacia papal teve
fim, ou seja, durante 1.260 anos exatos, conforme visto em Apoc. 13:5, milhões
de vidas cristãs foram ceifadas, muitos outros milhares torturados, e só no dia
do juízo, quando estes números forem abertos pelo verdadeiro Deus, se poderá
precisar quantos de fato morreram nas mãos da monstruosa inquisição, que, em
nome de uma igreja, não poupou idosos, adultos, jovens, mulheres, crianças ou
bebês, cujo único objetivo era o de adorar a Deus segundo sua consciência.
Vários livros e enciclopédias comentam sobre a inquisição e seus resultados.
Abaixo, citamos apenas um deles:
“No
sexto século, o papado tornou-se firmemente estabelecido… o bispo de Roma
declarado ser o cabeça de todas as igrejas… A perseguição desabou sobre os
fiéis com grande fúria…” (WHITE, E. G. A Grande Controvérsia entre
Cristo e Satanás. Cap. 3. Editora 4 Anjos).
Por isso, conforme relata a profecia, João se
maravilhou. Que ele visse os soldados romanos na época do império matando
cristãos, era algo comum, pois ele mesmo estava recluso na ilha de Pátmos como
uma destas testemunhas; mas agora ele via uma “igreja” matando cristãos.
A
partir de agora, na sequência do relato, saímos do campo da “visão” da
profecia, para entrarmos na “explicação” do anjo sobre a mesma:
“E o anjo me disse: Por que te
admiras? Eu te direi o mistério da mulher e da besta que a traz, a qual tem
sete cabeças e dez chifres. A besta que viste foi e já não é, e há de subir do
abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão
escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a
besta que era e já não é, mas que virá.” (v.
7 e 8)
Se até aqui conseguimos ver com precisão
e segurança a história comprovando a eficácia da profecia, muito mais agora,
pois é o próprio anjo que explicará a mesma. Primeiramente, vejamos a
besta (papado) como sistema:
A besta que viste foi e já não é.
·
Do ano 538 à 1798, a besta foi. Foi um sistema perseguidor,
matando milhares, como vimos, e foi um sistema dominante;
·
Do ano 1798 a 1929, deixou de ser perseguidora e deixou de ser um
sistema dominante;
·
A partir do ano de 1929, voltou a ser um sistema de poder, embora não
ainda com o poder que teve um dia, e tampouco perseguindo. A “volta do abismo”
ainda não ocorreu.
Hoje, a besta
existe, mas não como um sistema perseguidor. …. há de subir do abismo… voltará
a ser, ou seja, voltará a perseguir, como fez no passado. Mas, perseguirá a
quem? Os mesmos que perseguiu antes, os santos, que são os que guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus, perseguirá as testemunhas de
Jesus – aqueles que de fato amam a Jesus e dedicam sua vida a testemunhar dEle.
Vejamos a besta
agora, quanto ao homem. A profecia que estamos estudando foi revelada por volta
do ano de 2000, e não apenas a uma pessoa, mas a várias pessoas que, movidas
pelo espírito de Deus, em diferentes partes do mundo, estavam estudando o mesmo
tema. Existem inclusive um livro escrito sobre este tema que acrescenta
diversos detalhes a este estudo, que se chama: Os Sete Reis, de
Alceu Oliveira, e que, para aqueles que gostam de um estudo ainda mais
detalhado, valeria a pena adquirir. No ano, portanto, de 2002, em que a
profecia foi aberta ao entendimento, a besta não é. Não é por quê?
Porque não está perseguindo. Vejamos no verso seguinte:
“Aqui há sentido, que tem
sabedoria. As sete cabeças são
sete montes, sobre os quais a
mulher está assentada.” (v. 9)
Primeiramente, e
para que não haja equívoco, o anjo nos explica sobre as sete cabeças, de
maneira que saibamos o que significam, e também onde a mulher, que como já
vimos é a igreja, está localizada ou assentada. Aqui, não temos
dificuldade. As enciclopédias reconhecem Roma, como a “Cidade das Sete
Colinas”. Isto porque a cidade de Roma está localizada entre sete montes ou
sete colinas. “Roma, a cidade das sete colinas…” (Fonte:
“L’Empire Romain” p. 9).
Assim, mais uma vez
confirmamos a identidade da “mulher”, tendo agora também a localização dela
posicionada na profecia e na história.“O Vaticano é o menor Estado
independente do mundo… A cidade está encravada em Roma, capital da Itália.
Governado pelo papa, o Vaticano é a sede da Igreja Católica Apostólica Romana.” (Folha
On Line, 02. 04.2005)
Mas as cabeças têm também outro significado, conforme relata o anjo:
“E são também sete reis: cinco já
caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure
um pouco de tempo.” (v. 10)
Diz o texto que são
também sete reis. Aqui, também não é necessário grande esforço, visto que o
próprio anjo se encarregou de explicar que as sete cabeças significam sete
reis. É interessante notar, no entanto, que o Vaticano, ou o papado, é um
sistema monárquico, ou seja, um sistema governado por um “rei”, conhecido como
“papa”. “A Igreja Católica segue um regime de monarquia absoluta.” (Diário do
Pará – Belém – 19.05.2005).
Diz o texto que, Cinco
já caíram, um existe e outro ainda não veio (lembre-se que estamos no
ano 2000, dentro da época em que a profecia foi revelada).
Para podermos
localizar estes reis, precisamos de um ponto de partida seguro. É necessário,
obviamente, que estes reis sejam de fato “reis”, e um rei só pode ser “rei” se
tiver um território e súditos para governar. Quando foi que os papas se
tornaram “reis”? No ano de 1929,
através do tratado de Latrão. Neste ano, Mussolini devolve o território ao
Vaticano e o papa é empossado como rei. “O Vaticano é o menor país do
mundo, com 0,44 quilômetros quadrados, e se tornou um Estado em fevereiro de
1929, quando … assinaram o Tratado de Latrão. Nesse acordo, a Itália reconheceu
a soberania do papa sobre o novo Estado.” (Fonte: Folha On Line,
09.04.2007)
“O Papa é o chefe
do Estado do Vaticano. É eleito por um colégio de cardeais denominado conclave
e o cargo é vitalício. Tecnicamente é uma monarquia eletiva
não hereditária.” (Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaticano)
Vejamos então a sequência de “reis”
ou papas, encontrada na mesma. Os “reis” desta profecia não são exatamente
bestas porque não estão perseguindo. No ano de 2000, quando foi entendida a
profecia, o sétimo (Bento) ainda não havia vindo; hoje, está no poder, mas não
se poderia dizer que está perseguindo os cristãos como fará a besta.
“O oitavo é a besta e vai à perdição…” (V. 11)
Considerando a data de 1929 para o início da contagem, temos os
seguintes “reis” ou papas:
Reis
|
Nome
|
Período como Papa-Rei
|
Duração do Reinado
|
1º Rei
|
Pio XI
|
11.Fev.1929 – 10.Fev.1939
|
10 anos
|
2º Rei
|
Pio XII
|
02.Mar.1939 – 09.Out.1958
|
19 anos
|
3º Rei
|
João XXIII
|
28.Out.1958 – 03.Jun.1963
|
5 anos
|
4º Rei
|
Paulo VI
|
21.Jun.1963 – 06.Ago.1978
|
15 anos
|
5º Rei
|
João Paulo I
|
26.Ago.1978 – 28.Set.1978
|
33 dias
|
6º Rei
|
João Paulo II
|
16.Out.1978 – 02.Abr.2005
|
27 anos (UM EXISTE
|
7º Rei
|
Bento XVI
|
19.Abr.2005
- ?
|
“pouco tempo” (v.10)
|
“cinco já caíram, e um existe; outro
ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.”
Iniciando pelo
primeiro, Pio XI, que subiu ao poder em 11 de fevereiro de 1929 (ano do tratado
de Latrão), até João Paulo I, todos que caíram ou morreram (até a época da
revelação da profecia, em 2002), temos os cinco que caíram. João
Paulo II, é o sexto, que reina ou, como disse a profecia, “existe”
e Bento XVI, ainda não havia sido empossado (não veio). Quando
vier, ensina a profecia,convém que dure pouco tempo. A própria
Igreja Católica já se pronunciou a respeito do reinado de Bento XVI, afirmando
que o mesmo é um papa de transição e que deverá durar pouco. A Revista Veja,
edição de 9 de maio de 2007, à página 106, também é categórica. O título do
artigo é: “Bento XVI, um papa de Transição”. “O papa Bento
XVI previu para si mesmo um “curto reinado”
E ainda que não fosse assim, com mais de 80 anos,
não é difícil perceber que ele não poderia ter um “reinado”
prolongado.
“A besta que viste foi e já não é, e
há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes
não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão
vendo a besta que era e já não é, mas que virá.” Apocalipse
17:8
Na chamada “supremacia papal 1”,
tivemos que:
A besta foi, ou era
|
538 a 1798
|
Já não é
|
1798 até hoje
|
Há de subir do abismo
|
?
|
Para entender a
chamada “supremacia papal número 2”, gostaríamos de atentar de forma especial,
para alguns aspectos, considerando que, no cumprimento final da profecia:
“Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, porque é
número de um homem, e seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse
13:18). Ou seja, sem dúvida a profecia aponta a besta como sendo um “homem”.
Assim, temos na sequência do estudo:
“E a besta, que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e
vai à perdição.” (V.11)
O texto diz que a “besta” é o oitavo
rei. O oitavo rei, o próximo papa, é a “besta” da profecia. Mas como poderia
ser isso? Vejamos novamente o texto bíblico que parece esclarecer a questão:
“A besta que viste, foi e já não é e há de subir do abismo, e irá à perdição.” (v.8)
Tendo em mente que
a Bíblia deve ser sua própria intérprete, vejamos o que a mesma ensina sobre
“subir do abismo”:
Primeiramente a palavra “subir”:
“A mulher, então, lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele: Faze-me subir a Samuel.”
(1
Samuel 28:11)
Neste relato, Saul, rei de Israel
busca uma necromante, uma feiticeira que consultava os “mortos”, e quando ela
pergunta a Saul a quem ele gostaria que ela fizesse “subir”, ele lhe pede que
faça subir a Samuel. Ocorre que Samuel já estava morto, e a própria Palavra de
Deus, da qual Saul era conhecedor, já ensinava, como hoje, que “os mortos nada
sabem”. Um demônio, portanto, com a aparência de Samuel, sobe, como se fosse
ele, que “voltava da morte”. A palavra “subir”, neste caso, tem conotação
claramente espírita, e é entendida como sendo “trazer dentre os mortos”. Esta
mesma expressão e entendimento é confirmada pelo texto abaixo, já com a palavra abismo,
inclusa:
“Mas a justiça que é pela fé diz
assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu (isto é, a trazer do alto a Cristo)?Ou: Quem
descerá ao abismo (isto
é, a tornar a trazer dentre os
mortos a Cristo)?” ( Romanos 10:6 e 7.)
Algumas afirmações e aplicações
interessantes são encontradas sobre a besta ou o “oitavo” da profecia, no
capítulo 13 do mesmo Apocalipse, que trata deste personagem com mais detalhes:
“E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi
curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.” (v.3)
João Paulo Segundo
(JPII), enquanto ainda era a “sexta” cabeça, foi vítima de tentativa de
assassinato em 13 de maio de 1981, e quase morreu, mas, a ferida mortal foi
curada. Após este acidente, a terra toda, como nunca dantes, se
maravilhou após ele. Não houve um papa que conquistasse tanta simpatia
entre os que “habitam na terra”, como JPII. Presidentes, Reis, Rainhas,
Governantes, Estadistas, todos se inclinaram a este poder…, e toda a terra
se maravilhou após a besta.
Assim, a conclusão a que nos leva a
profecia é a de que:
A profecia ainda diz:
“E foi-lhe dada uma boca para
proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e
dois meses.” (v.5)
Assim como a besta subiria do abismo, ou ainda como, o oitavo seria dos
sete, com uma conotação clara de que já fora antes, também encontramos aqui um
“continuar” por 42 meses.
E naquele que parece ser o mais contundente dos textos:
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem
entendimento calcule o número
da besta, porque é número de
homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse
13. 18)
A palavra sabedoria é
encontrada fazendo o elo de ligação entre a besta de Apocalipse 17 e a de
Apocalipse 13. Mas, além do texto ser específico quanto ao número 666 pertencer
a um homem, como já vimos anteriormente, o mesmo texto nos dá uma pista com a
qual se pode localizá-lo. Se o Senhor nos manda calcular o número da besta, o
melhor que se pode fazer é literalmente calculá-lo. Mas como? João está na ilha
de Patmos, uma ilha romana. Na época, os Romanos eram os perseguidores dos
judeus e da igreja de Cristo. Roma, como vimos, preenche os requisitos da
localização geográfica como a “cidade das sete colinas”. A língua oficial da
Igreja Católica é o latim, e os números romanos são conhecidos por todos pelos
valores numéricos atribuídos às letras. Temos então que:
I
|
O
|
A
|
N
|
E
|
S
|
P
|
A
|
V
|
L
|
V
|
S
|
P
|
A
|
P
|
A
|
S
|
E
|
C
|
V
|
N
|
D
|
O
|
|||
1
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
5
|
50
|
5
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
-
|
100
|
5
|
-
|
500
|
-
|
500
+ 100 + 50 + 5 + 5 + 5 + 1 = 666
A profecia aponta indubitavelmente
para João Paulo II, ou uma contrafação demoníaca que enganaria se possível os
próprios eleitos de Deus, marcando o início de uma perseguição violenta aos
cristãos como ainda não houve sobre a face da Terra, culminando na volta do
Senhor Jesus. E é este acontecimento que, mais importante que qualquer outro,
deve ser ressaltado. A profecia indica um tempo muito curto para o pontificado
do papa Bento XVI, que hoje reina sobre a grande Babilônia. Depois dele, a
besta, em algum momento, recebe 42 meses, ou 3 anos e 6 meses de poder. O
dragão (Satanás) empresta por três anos e seis meses seu poder àquele que reina
sobre sua igreja, enquanto Deus concede aos Seus servos, ou à Sua igreja,
igualmente 3 anos e 6 meses de poder, assim como fez com Elias, João Batista e
o próprio Jesus, que pregaram por 3 anos e meio.
O sétimo “rei”, ou o papa Bento XVI, já
tinha mais de 80 anos, quando assumiu o poder. Quanto tempo poderá durar no
poder? Saindo ele, a besta, ou o oitavo “rei”, virá, e implantará três anos e
meio de perseguição. Desse mesmo é dito que vai à perdição, de onde
não será difícil entender que o mesmo será destruído pela volta do Senhor
Jesus, conforme vemos em Sua palavra:
”… e, então, será revelado o iníquo,
a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da
sua vinda.” 2 Tessalonicenses 2:8
Entende, amado irmão, quão próxima está a vinda de Nosso Senhor Jesus? É
por isso que colocamos diante de você estas profecias. Muito acima das bestas,
chifres, reinos e poderes, levanta-se a inquestionável evidência da brevíssima
volta de Jesus.
“Certamente o Senhor JEOVÁ não fará
coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os
profetas.” Amós 3:7.
Este estudo foi preparado com base em pesquisas na
internet, e na própria Bíblia.
Fonte de pesquisa:
http://www.amigodecristo.com/2013/02/a-renuncia-do-papa-bento-xvi-e-o-apocalipse-17.html
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